Ao analisarmos a época desportiva da Académica,
sobretudo tendo em conta a actual classificação, importa reflectir sobre o
histórico das últimas 12 épocas relativamente à diferença entre a pontuação à
21ª jornada e a pontuação final.
A maior diferença pontual ocorreu nas épocas 2003-04,
2004-05 e 2008-09, respectivamente, 22, 22 e 15 pontos. Se na época 2008-09 a
pontuação à 21ª jornada era tranquilizadora (24 pontos), em 2003-04 e 2004-05
era muito preocupante, 16 pontos num campeonato com 18 equipas. Nestas duas
épocas nos 13 jogos que faltavam até ao fim do campeonato a Académica fez 22
pontos em ambas o que corresponde a uma média de 1,69 pontos por jogo, valor só
ultrapassado em 2008-09 com uma média de 1,7.
Mas, o que é mais relevante ou, mais propriamente,
preocupante é o facto de em 8 das 12 épocas que decorreram entre 2002 a 2014 a
média de pontos por jogo a partir da 21ª jornada nunca ter sido superior a 1,1.
Até ao final da Liga faltam 13 jogos, 6 em casa
(Arouca, Nacional, Rio Ave, Gil Vicente, Belenenses, Guimarães) e 7 fora
(Estoril, Moreirense, Braga, Benfica, Porto, Penafiel, Paços de Ferreira).
Tomando o valor de 1,1 como a pontuação média por jogo
até final desta época a Académica faria mais 14,3 pontos (13 jogos x 1,1) o que
somados aos actuais 15 daria no final, em números redondos, 29 pontos.
Recorde-se que quando a liga teve 18 equipas, 2002-03, 2003-04, 2004-05, os
dois últimos classificados (equipas que serão despromovidas esta época)
alcançaram, respectivamente, 35 e 31, 28 e 17 e 30 (ambos) pontos.
São, apenas, projeções, mas que não deixam de ser
muito preocupantes, tanto mais que no último jogo provou-se, mais uma vez, que
a equipa, além de estar mal orientada, é muito fraca.
Amanhã era muito importante, pelo menos, pontuar para
não descolar do Arouca (mais 1 ponto, joga em casa com o Rio Ave) e Gil Vicente
(mais 2 pontos, joga fora com o Sporting) e não ser ultrapassado pelo Penafiel
(menos 2 pontos, joga fora com o Setúbal). Veremos se a saída de Paulo Sérgio terá
acordado a equipa!
Ano após ano, continuamos, invariavelmente, a terminar
a época de calculadora na mão!
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