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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A Académica e a luta pela manutenção

 
Encerrou ontem o mercado de Janeiro e a Académica reforçou-se com quatro jogadores, o último dos quais foi Ulysse Diallo.
Mas quem é Diallo? Tem 22 anos, nasceu no Mali, iniciou a carreira no Djoliba AC, é profissional desde 2011 e joga como ponta de lança. Entre 2011 e 2013 disputou a Liga Libanesa (84º classificada do ranking IFFHS 2014 num total de 170 ligas avaliadas) representando o Shabab Al-Sahel clube pelo qual efectuou, em duas temporadas, 41 jogos e marcou 28 golos. Na época 2013-14 esteve na Liga Húngara (60ª classificada do ranking IFFHS 2014) ao serviço do Ferencváros, tendo disputado 18 jogos (mais 2 na Taça) e marcado 4 golos. Após ter rescindido com este clube assinou pelo Arouca em Junho de 2014, tendo até 20 de Novembro (altura em que foi suspenso e instaurado um processo disciplinar) alinhado em 4 jogos da Liga Portuguesa (1 como titular e 3 como suplente utilizado) e marcado 1 golo e num jogo da Taça de Portugal em que foi suplente utilizado. Na passada segunda-feira, após ter rescindido com o Arouca, assinou pela Académica por época e meia.
O curriculum deste jogador não me parece muito tranquilizador e tenho sérias dúvidas (oxalá esteja completamente enganado) que este seja o homem golo que a Académica tanto precisa. Quando esta contratação foi anunciada vieram-me à memória nomes como Gyanno, Vouho, Carlos Aguiar, Willyan, Fábio Luís, Buval, Moussa, etc!!
Escrevemos num post publicado em. 28 de Janeiro (A Académica e o mercado de Janeiro) que este período do mercado permite, essencialmente, que as equipas contratem reforços para as posições em que se encontram mais carenciadas. São contratações cirúrgicas que devem ser feitas criteriosamente para que a margem de erro seja mínima e o insucesso residual.
Na Académica é notório que  existe um défice de jogadores com qualidade, que as dificuldades financeiras são muitas e que o dinheiro não abunda, ingredientes que criam um puzzle de difícil solução. Era obrigatório, por isso, ter sido muito criterioso e selectivo nas escolhas efectuadas. Ter-se-á sido? As contratações de Makonda e Diallo terão sido bem avaliadas e, sobretudo, criteriosas?
Por outro lado, é minha convicção que era preferível ter-se corrido alguns riscos em termos de equilíbrio financeiro, mas ter feito outras opções para minimizar o risco da despromoção, nomeadamente a contratação de um guarda-redes (absolutamente indispensável),um médio criativo e um ponta de lança que desse garantias de eficácia na concretização do que correr o risco de cair no abismo em beneficio da contenção financeira. É que com a equipa na 1ª liga é sempre possível, com maior ou menor dificuldade, suprir,no futuro, eventuais excessos financeiros agora cometidos. Pelo contrário, com uma eventual despromoção o desastre financeiro é irremediável e irreparável.
Devo salientar que reconheço que é relativamente fácil emitir uma opinião quando, como é o caso, não se conhece a execução orçamental desta época nem se tem qualquer espécie de responsabilidades, particularmente, no plano financeiro.

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