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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A Assembleia Geral Extraordinária de 19 de Fevereiro

 
No primeiro post que publicámos, intitulado “Porquê este blogue?” escrevemos que o blogue Pensar a Académica tem por objectivo reflectir sobre o presente e o futuro da AAC/OAF. Reflectir sem preconceitos, sem temas interditos, sem ideias pré-concebidas, sem idiossincrasias”.
Importa, neste momento tão efervescente, afirmar de forma inequívoca que este blogue não partilha cumplicidades com quaisquer grupos ou tendências, não defende interesses de quem quer que seja, não veicula opiniões que não sejam, exclusivamente, as próprias. Não somos mensageiros de ninguém. Pensamos livremente, escrevemos o que pensamos, publicamos sem censura prévia. O que nos move é, exclusivamente, o que julgamos serem os superiores interesses da Académica.
A Académica vive tempos difíceis. A época desportiva foi muito mal preparada. A equipa é fraca, provavelmente, das piores dos últimos anos. O ex-treinador foi um erro de “casting” e o seu despedimento, inexplicavelmente, tardio. A expulsão de 10 jogadores juniores da Academia, nas circunstâncias em que se processou, foi um episódio lamentável, discricionário e, aparentemente, desnecessário. Enfim, a classificação da equipa na 1ª liga não augura nada de bom.
Neste cenário sombrio terá lugar amanhã uma Assembleia Geral que se prevê pouco pacífica e de onde a posição do Presidente da Direção sairá, provavelmente, mais fragilizada.
A eternização em papéis de liderança acaba por conduzir, em muitos casos, a gestões pouco clarividentes, a opções inadequadas, a atitudes algo displicentes, ocorrendo, não raras vezes, um processo de enquistamento progressivo que tornam a liderança cada vez mais autocrática e tendencialmente autista.
Ao fim de 10 anos o ciclo do Eng.º José Eduardo Simões como Presidente da Direção da Académica/OAF está esgotado.
Todavia, a memória dos homens, neste caso a dos sócios da Académica, não pode nem deve ser curta.
Independentemente do juízo de valor que cada um de nós faça sobre os actos praticados pelo Eng.º José Eduardo Simões enquanto Presidente da Direção, sobre a sua postura autocrática, sobre os erros que cometeu ou, ainda, sobre o seu difícil relacionamento com a massa associativa, devemos reconhecer e valorizar, em nome da verdade, o que de positivo foi alcançado ao longo dos últimos 10 anos, nomeadamente no plano desportivo e patrimonial.
Reconhecer o que de positivo foi feito é uma questão de honestidade intelectual que não é incompatível com a discordância, a crítica assertiva ou o escrutínio de erros, já assinalados e veiculados nos post, até agora, publicados neste blogue.
Finalmente, fica-nos uma dúvida: numa altura tão crítica como a actual, em que a prioridade das prioridades deve ser a batalha pela manutenção na 1ª Liga, terá sido este momento o mais oportuno para a realização desta Assembleia Geral Extraordinária? Mas, por outro lado, será que haveria melhor altura?
 
 
 

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