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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A questão do treinador. José Viterbo ou outra opção ?

 
A Académica não ganhava desde a 6ª jornada realizada em 27 de Setembro do ano passado. Foram necessários cinco meses e 14 jornadas para que acontecesse uma nova vitória! Foi preciso rescindir com Paulo Sérgio, para ganhar um jogo e iniciar a recuperação na tabela classificativa rumo à manutenção na 1ª Liga.
José Viterbo assumiu, transitoriamente, a orientação da equipa e ganhou. Não é por isso que é o melhor treinador do mundo ou o “miraculoso salvador” da Académica. Apenas, provou-se à saciedade que a Gerência da SDUQ persistiu, durante semanas, numa lamentável teimosia e que os adeptos tinham razão quando, reiteradamente, exigiam a demissão de Paulo Sérgio.
Na semana passada o tema da contratação do novo treinador proporcionou à imprensa um guião digno de uma “telenovela mexicana”. Domingos Paciência, Fernando Couto, Capucho, Costinha, Dauto Faquirá, José Peseiro, Manuel José, Lito, etc., etc., foram, sucessivamente, referenciados como potenciais treinadores da Académica.
Num dia Domingos reunia as preferências, no dia seguinte estas já se tinham transferido para Couto ou Capucho, noutro dia era a vez de um jornal escrever que Costinha tinha recusado, noutro, ainda, Lito admitia ter tido contactos indirectos com a Académica.
Em que situação ridícula foi colocada a Académica! Se tivesse havido bom senso Paulo Sérgio tinha sido demitido a seguir ao jogo com o Penafiel disputado em 21 Dezembro e, nessa altura, sem o espectro da despromoção a pairar no horizonte, certamente este triste espectáculo não teria ocorrido.
E agora? Depois desta novela que outros nomes estarão, ainda, disponíveis?
Por outro lado, estará criado um clima emocional, em torno do nome de José Viterbo a que se associa um conjunto de factores inerentes ao próprio, que, neste momento, parecem tornar difícil outra solução.
O clima emocional resulta da vitória sobre o Estoril. Os sócios estavam, cada vez mais, descrentes e esta vitória, que fica indiscutivelmente associada ao nome de José Viterbo, renovou a esperança de que a manutenção é possível. Basta ter estado no Estoril ou ver as redes sociais para nos apercebermos deste clima.
Os outros factores decorrem do próprio José Viterbo. É um homem que conhece e sente a Académica, tem a coragem de assumir este cargo num momento particularmente difícil, mostra humildade ao aceitar o lugar sabendo que terá sido a última escolha e tem um enorme estímulo adicional pelo facto de poder ter pela frente, provavelmente, o maior desafio da sua vida, que é manter a Briosa na 1ª Liga.
Como interpretar, então, o silêncio dos responsáveis da Académica sobre um assunto tão importante como este: José Viterbo ou outra escolha? Será, apenas indefinição? Ou, simplesmente, prudência? Ou, já existiria outra alternativa que perante o resultado de domingo e, sobretudo, face ao ambiente criado em torno de José Viterbo vai obrigar a um recuo? Aguardemos os próximos episódios.
 
 

1 comentário:

  1. Lito, Manuel José e Domingos por esta ordem seriam nomes com capacidade para dar a volta, mas há sempre outros nomes de que ninguém fala ou se lembra com vontade de vencer e de valor e José Viterbo é um deles.

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