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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A Académica e o mercado de Janeiro


Tripy Makonda, lateral esquerdo, é, quando falta uma semana para fechar o mercado de Janeiro, a única contratação anunciada pela Académica. Jogador internacional pelos escalões jovens da França, fez a sua formação no Paris Saint-Germain onde esteve até 2011, transferindo-se, depois, para o Stade Brestois , clube pelo qual participou na  1ª Liga francesa nas épocas 2011-12 e 2012-13 e na 2ª Liga nas temporadas seguintes. Até ao final da época de 2013-14, isto é durante 6 temporadas, Makonda efectuou na 1ª e 2ª Liga francesas, 30 jogos como titular e 14 como suplente utilizado. Na presente época, até chegar a Coimbra, o seu registo foi de 4 jogos como titular e 7 como suplente utilizado, totalizando 470 minutos.
O mercado de Janeiro permite, essencialmente, que as equipas contratem reforços para as posições em que se encontram mais carenciadas. São contratações cirúrgicas que devem ser feitas criteriosamente para que a margem de erro seja mínima e o insucesso residual. Este aspecto é, particularmente, relevante quando, como é o caso da Académica, a classificação dos clubes é muito preocupante e o dinheiro não abunda.
É verdade que na Académica o treinador é um problema, mas não o único. A falta de qualidade da equipa é, pelo menos, tão preocupante como a ineficácia do treinador. À notória falta de qualidade acresce um problema de quantidade dada a ausência, por um período mais ou menos prolongado, de alguns jogadores: Qualembo e Salli estão no CAN; Aderlan e Schumacher recuperam de  microroturas na coxa; Ivanildo vai ter uma paragem prolongada em virtude de ter sido operado, no final da semana passada, a uma fractura de um metatarso; Magique, outra paragem prolongada, por ter contraído uma rotura muscular na coxa durante o jogo contra o Sporting.
Perante este cenário impunha-se, para evitar a tragédia desportiva e financeira que seria a despromoção, reforçar a equipa com três ou quatro jogadores: um lateral-esquerdo, um médio, um extremo e um ponta de lança.
Destes, quando falta uma semana para fechar o mercado, só o lateral-esquerdo foi anunciado. Partindo do princípio que Makonda está apto para jogar é legítimo perguntar se no mercado português não haveria nenhum lateral-esquerdo, jovem ou menos jovem, que tivesse um curriculum, pelo menos, idêntico ao apresentado por este jogador?
E as outras indispensáveis contratações? Ficam para a próxima época? Aguardam pelo regresso de férias do Senhor Presidente? Trará o Senhor Presidente mais um contentor de jogadores brasileiros? Ou, muito simplesmente, a afirmação do Vice-Presidente Luís Godinho, “a solução está dentro de casa”, foi premonitória?
Aguardemos o que se irá passar até ao encerramento do mercado. Uma certeza podemos ter desde já: empréstimos do Benfica, Sporting e, mesmo, do Porto só por milagre!

Pensar a Académica 

 

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