Tripy
Makonda, lateral esquerdo, é, quando falta uma semana para fechar o mercado de
Janeiro, a única contratação anunciada pela Académica. Jogador
internacional pelos escalões jovens da França, fez a sua formação no Paris
Saint-Germain onde esteve até 2011, transferindo-se, depois, para o Stade
Brestois , clube pelo qual participou na 1ª Liga francesa nas épocas 2011-12 e 2012-13
e na 2ª Liga nas temporadas seguintes. Até ao final da época de 2013-14, isto é durante 6
temporadas, Makonda efectuou na 1ª e 2ª Liga francesas, 30 jogos como titular e 14
como suplente utilizado. Na presente época, até chegar a Coimbra, o seu registo
foi de 4 jogos como titular e 7 como suplente utilizado, totalizando 470
minutos.
O
mercado de Janeiro permite, essencialmente, que as equipas contratem reforços para
as posições em que se encontram mais carenciadas. São contratações cirúrgicas que
devem ser feitas criteriosamente para que a margem de erro seja mínima e o
insucesso residual. Este aspecto é, particularmente, relevante quando, como é o
caso da Académica, a classificação dos clubes é muito preocupante e o dinheiro
não abunda.
É
verdade que na Académica o treinador é um problema, mas não o único. A falta de
qualidade da equipa é, pelo menos, tão preocupante como a ineficácia do
treinador. À notória falta de qualidade acresce um problema de quantidade dada
a ausência, por um período mais ou menos prolongado, de alguns jogadores:
Qualembo e Salli estão no CAN; Aderlan e Schumacher recuperam de microroturas na coxa; Ivanildo vai ter
uma paragem prolongada em virtude de ter sido operado, no final da semana passada, a uma fractura
de um metatarso; Magique, outra paragem prolongada, por ter contraído
uma rotura muscular na coxa durante o jogo contra o Sporting. Perante este cenário impunha-se, para evitar a tragédia desportiva e financeira que seria a despromoção, reforçar a equipa com três ou quatro jogadores: um lateral-esquerdo, um médio, um extremo e um ponta de lança.
Destes, quando falta uma semana para fechar o mercado, só o lateral-esquerdo foi anunciado. Partindo do princípio que Makonda está apto para jogar é legítimo perguntar se no mercado português não haveria nenhum lateral-esquerdo, jovem ou menos jovem, que tivesse um curriculum, pelo menos, idêntico ao apresentado por este jogador?
E as outras indispensáveis contratações? Ficam para a próxima época? Aguardam pelo regresso de férias do Senhor Presidente? Trará o Senhor Presidente mais um contentor de jogadores brasileiros? Ou, muito simplesmente, a afirmação do Vice-Presidente Luís Godinho, “a solução está dentro de casa”, foi premonitória?
Aguardemos o que se irá passar até ao encerramento do mercado. Uma certeza podemos ter desde já: empréstimos do Benfica, Sporting e, mesmo, do Porto só por milagre!
Pensar
a Académica
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