somos briosa

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segunda-feira, 17 de abril de 2017

Alerta aos sócios da Académica!




1 - Se a situação financeira da Académica corresponde àquilo que, aqui e acolá, se vai ouvindo, sendo que algumas das informações são provenientes de fontes fidedignas e, normalmente, muito bem informadas, é legítimo concluir que o momento actual é grave e muito preocupante. Algumas notas soltas ilustram o que acabámos de escrever:

 a - A receita das transmissões televisivas (500.000 euros) e as verbas obtidas com as receitas extraordinárias, venda da sede dos Arcos e dos direitos desportivos do atleta Pedro Nuno, fundo de solidariedade da UEFA e divida paga pela Camara Municipal (cerca de um milhão e cem mil euros), já toram gastas.

  b - As receitas das quotas e dos lugares cativos diminuíram, significativamente, relativamente à época transacta. De igual modo a receita da bilhética terá sofrido uma redução de 85%.

  c  - Neste momento não existe liquidez e, muito recentemente, terá sido obtido, para pagamento de salários em atraso, um financiamento bancário com o aval pessoal de três membros da Direção. Obviamente que nenhum dos avalistas foi o ex - presidente.

d - Até ao fim da corrente época vão ser necessário, no mínimo, mais 250.000 euros.

e - Os pagamentos ao fisco e á segurança social terão sido, até agora, acautelados.
 
f - A Académica tem cerca de trinta funcionários (não incluindo jogadores e técnicos) que correspondem a um encargo mensal de, pelo menos, 50.000 euros. Nada foi feito, até agora, para ajustar esta receita mensal à realidade de um clube que está numa situação de emergência financeira e milita na 2ª liga.

2 - De acordo com algumas estimativas serão precisos para pagamento de dívidas e garantir a sustentabilidade financeira da próxima época tendo como objectivo a subida à 1ª Liga, cerca de dois milhões e meio de euros.
Tarefa muito difícil e complexa que exige, para quem tiver que a enfrentar, coragem, determinação, dedicação, experiencia de gestão, conhecimentos do e no mundo do futebol e uma rede de contactos na área financeira e empresarial.
Não duvidamos da paixão pela Académica, da boa vontade, dedicação, empenho e, até, coragem dos elementos da actual direção que permaneçam em funções,  nomeadamente de quem, entre eles, vier a assumir, de acordo com os estatutos, o cargo de Presidente.
Mas, serão estes atributos uma condição suficiente para enfrentar, com êxito, a tarefa ciclópica que se antevê? Temos algumas dúvidas.

3 - Em nossa opinião seria desastroso, nesta altura, convocar eleições, pelo que a solução que, neste momento, nos parece mais realista e que melhores condições teria para enfrentar esta crise seria uma Comissão de Gestão.
Esta Comissão deveria englobar os membros da actual direção e outras personalidades que, pelas suas especificidades, abrangessem os atributos anteriormente referidos (experiencia de gestão, conhecimentos do e no mundo do futebol e uma rede de contactos na área financeira e empresarial), teria um carácter transitório e no prazo de um ano deveriam ser convocadas eleições.

4 - Não ignoramos que os actuais estatutos não contemplam a figura de uma Comissão de Gestão, mas perante uma situação de crise, como a que vivemos, são admissíveis medidas transitórias de carácter excepcional.
Estamos convictos que esta solução seria ratificada por uma Assembleia Geral. Assim o Senhor Presidente da Assembleia Geral interiorize que esta seria a melhor solução e a proponha aos sócios!
Em nome da Académica e pelo futuro Académica chegou o momento de acabar com as discussões estéreis, com as lutas fratricidas e com os ódios de estimação!  

 

  

 

 

1 comentário:

  1. 1. A actual direcção mostrou incapacidade para dar a volta à situação financeira do clube. Não se aceite que se contrate um jogador no Verão para no Inverno se descobrir que não há dinheiro para o seu salário. É gestão básica.

    2. A situação é muito complicada e de difícil resolução.

    3. Falta transparência na gestão da Académica. Saber-se por portas travessas o estado das contas não é admissível.

    4. Não consigo aceitar uma cooptação, por muito que os estatutos o admitam, especialmente depois da pouca gestão feita neste último ano. Agradeço muito o espírito de missão desta direcção mas há coisas simples como a transparência que não posso deixar de criticar.

    5. Concordo plenamente com uma Comissão de Gestão que inclua todos os que querem ajudar. Também concordo com eleições. Quem gerir a Académica tem de ter todo o poder democrático e isso só se consegue ouvindo os sócios. Se é para quebrar regras, prefiro que quebrem as regras relativas a eleições e elas possam ser feitas com prazos mais acelerados.

    6. Esta demissão já foi sui generis. Não adicionemos a isso uma escolha do Presidente feita 'à porta fechada' por uma qualquer elite academista. Não é bom para a briosa nem para o enfraquecido Presidente.

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