A
Académica vive um momento crítico no plano desportivo e financeiro a que se
juntou um período eleitoral que tem tanto de exotérico e burlesco como de
preocupante.
Termina
hoje o prazo para a apresentação de candidaturas ao próximo acto eleitoral e,
concomitantemente, acaba a “noite das facas longas” iniciada na primeira semana
de Novembro de 2015. Recorde-se que no final de Outubro tinha sido entregue ao
Presidente da A.G. um requerimento que solicitava a convocação de uma A.G. Extraordinária
para a destituição da direção que dias mais tarde foi retirado por alguns dos
subscritores com a anuência do Presidente da A.G., sendo que outros, entre os
quais o primeiro subscritor, discordaram publicamente dessa decisão.
Seguiu-se,
durante meses, um processo kafkiano que acabou por gerar a única lista
candidata a todos os órgãos sociais, que constitui o produto final de uma série
de desavenças, traições, vinganças e cisões que ocorreram durante a “noite das
facas longas”.
Uma
lista que surge liderada pelo mais improvável, menos experiente e pouco ou nada
interventivo na vida da Académica de todos os putativos candidatos e composta
por elementos que carecem de experiencia, afirmação e maturidade.
O
que pensa e o que pretende para a Académica o candidato a Presidente da Direção?
Qual projecto a curto e médio prazo? Que fontes de financiamento tem
asseguradas? Como tenciona resolver o problema de liquidez que se coloca no
imediato? Como vai colmatar a redução significativa das receitas? Que
dependências existem em relação a alguns empresários? Estas são algumas das
perguntas que exigem, da parte de quem se propõe dirigir os destinos da
Académica, respostas claras, inequívocas e transparentes!
Num
momento em que era indispensável união e solidariedade entre todos para
ultrapassar a difícil situação em que nos encontramos prevaleceram, em
detrimento da Académica, o sectarismo e os narcisismos pessoais.
Quo vadis
Académica!