somos briosa

somos briosa

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

A propósito do mercado de transferências


 
Três notas finais sobre o mercado de Janeiro.

1 - Como se pode constatar no quadro abaixo, a grande maioria dos clubes em melhor posição classificativa que a Académica procuraram ajustar os planteis neste mercado de Janeiro. Desconhecemos a qualidade de muitos dos jogadores contratados, quantidade não é sinónimo de qualidade, mas foi evidente um esforço das Direções desses clubes para tentarem melhorar as  respectivas equipas.
 
 
2- No jornal Jogo Online escreve-se: “ Com cinco entradas no plantel, o Vitória (Guimarães) acabou por não gastar muito dinheiro com os reforços. Isto porque Oriol Rosell, João Teixeira, Victor Andrade e Hurtado chegam por empréstimo e sem custos de transferência, apesar de haver gastos com salários, embora parciais. Francis foi o único caso a exigir intervenção financeira.”
A isto chama-se saber gerir. A propósito, dois destes jogadores emprestados pelo Benfica (João Teixeira e Vitor Andrade) foram referenciados como fazendo parte do negócio da hipotética, mas não consumada, transferência do júnior da Académica Xavi para o Benfica. Xavi acabou por ser negociado com o Porto.
 
3 - O site MaisFutebol noticiou que o avançado Bilel do Sporting da Covilhã tinha tudo acordado com a Académica para se mudar para Coimbra até final da temporada, mas o negócio terá abortado porque a inscrição não entrou a tempo na liga! Será verdade? Não sabemos, mas o que é verdade é que o nome de Bilel na passada segunda-feira já não figurava na lista de jogadores do Covilhã que constam do site oficial deste clube.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Estão a gozar com os adeptos?


 
A Académica está neste momento (20ª jornada) nos lugares de despromoção, com o mesmo número de pontos do Boavista, menos três que o Moreirense e Nacional e menos quatro que o Marítimo. Faltam 14 jornadas para terminar o campeonato e o calendário da segunda volta é complicado: jogos em casa: Nacional, Rio Ave, Guimarães, Estoril, Benfica, Porto e Braga; jogos fora: Boavista, Marítimo, Moreirense, Arouca, Belenenses, União da Madeira e Tondela.
Comparativamente com a época passada ocupamos o mesmo lugar na tabela classificativa (17º), temos mais três pontos e uma diferença pontual para o 16º idêntica. Todavia, há uma “pequena diferença”: na época transacta o calendário da 2ª volta relativamente aos jogos em casa, era, teoricamente, bastante mais acessível. Dir-se-á: é preciso pontuar fora! Com certeza, mas o problema é que até agora em 10 jogos fora a Académica só fez dois pontos, um empate no Estoril e outro em Guimarães! 
Mais um ano e a calculadora teima em não nos largar!
A planificação da actual época desportiva, qualquer que seja a perspectiva de análise, foi, mais uma vez, lamentável, mas o que se passou no mercado que ontem encerrou não foi melhor!
Em 7 de Dezembro num post intitulado “Carta Aberta ao Presidente da Direção da AAC/OAF” alertámos para a necessidade de minimizar as consequências dos erros cometidos e escrevemos que, mais uma vez, fruto da ausência de uma gestão desportiva competente e criteriosa, o mercado de Janeiro surge como a “bóia de salvação” para compensar os sucessivos erros cometidos, não só nesta época como em anteriores temporadas.
A actual classificação,   as carências evidenciadas e  a falta de qualidade do futebol praticado, exigem que em Janeiro se contratem verdadeiros reforços, isto é jogadores com potencial para serem titulares. Contratar jogadores  de nível semelhante aos que já integram o plantel será mais um acto de gestão falhado e potencialmente danoso.
Pelo contrário, optar pela qualidade, mesmo assumindo algum risco no plano financeiro,   minimizará a margem de erro,  diminuindo  a probabilidade de insucesso, pressuposto essencial  para evitar a queda no abismo. E o abismo, leia-se a despromoção, trará um desastre desportivo e financeiro irremediável e irreparável. 
E o que aconteceu nesta janela de mercado? Contrataram-se, por empréstimo, dois jogadores: Rafa Soares, jovem com qualidade oriundo do Porto B, que entrou directamemte para a equipa e Gui proveniente do Guimarães B.
E o resto? Fica para o ano?
Numa equipa com escassez de elementos de qualidade nalguns sectores, pouco intensa, desequilibrada e que se encontra em penúltimo lugar, era obrigatório tê-la reforçado, criteriosamente, em posições-chave. Estão a gozar com os adeptos?