somos briosa
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Para onde foram os adeptos da Académica?
O
painel de assistências referente à 1ª volta da 1ª Liga publicado pela Liga
Portuguesa de Futebol coloca a Académica em 11º lugar com uma média de 3.873
espectadores por jogo, média que é inferior à do Marítimo, Tondela, Boavista,
Vitória de Setúbal e Arouca.
Refazendo
estas contas, isto é retirando as assistências dos jogos com o Benfica, Porto e
Sporting verifica-se que a média da Académica ultrapassa a do Arouca e Tondela
mas é ultrapassada pelo Rio Ave.
Desde
a temporada 2007 - 08, primeira época em que a Liga publicou um painel de assistências,
que o número médio de espectadores no Estádio Cidade de Coimbra tem vindo a
diminuir não ultrapassando, com excepção da época 2011 - 12, o valor 4.600.
Apetece,
pois, perguntar: para onde foram os adeptos da Académica?
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
NÓS (Académica) e a venda dos direitos televisivos à NOS
Nas últimas semanas a venda dos direitos
televisivos dos jogos da primeira liga constituiu um dos temas que dominou as notícias
sobre o futebol nacional.
Desde logo, porque os números divulgados para os
anunciados contratos do Benfica, Porto e Sporting atingem valores astronómicos
para o contexto económico português. No entanto, importa não tomar “a nuvem por
Juno” porque estão, ainda, por clarificar os verdadeiros contornos de cada um
desses contratos e os acordos laterais (cedência dos direitos de exploração e
distribuição de canais dos próprios clubes, publicidade nas camisolas e nos
estádios) que lhes estão associados.
Depois, porque estes acordos pulverizaram o
grande objectivo dos três últimos Presidentes da Liga e da grande maioria dos
clubes: negociar de forma centralizada os direitos de transmissão televisiva
dos jogos das competições profissionais de futebol.
É inquestionável que a
centralização dos direitos televisivos possibilita uma distribuição mais
equitativa do dinheiro gerado pelas transmissões, o que permite minorar as
assimetrias entre clubes grandes e mais pequenos, aumentar a competitividade
entre eles e, consequentemente, alavancar o crescimento das Ligas.
A título de exemplo veja-se o que se passa na
Liga inglesa cujo modelo de repartição das receitas televisivas é o mais
equilibrado das principais ligas europeias.
Basicamente 50% do valor
total gerado pela venda dos direitos televisivos é dividido em partes iguais por
todos os clubes, 25% são distribuídos proporcionalmente em função dos resultados
desportivos e os
restantes 25% repartidos em função do número jogos transmitidos.
Só assim é possível explicar que
o Liverpool, o clube que mais recebeu na temporada 2013/14, tenha tido uma
receita televisiva de 130 milhões de euros que foi, apenas 1,6 vezes maior do que a do último classificado, o
Cardiff City, que recebeu 80 milhões.
Atente-se que o valor facturado
pelo despromovido Cardiff foi superior quer ao recebido pelo Atlético de Madrid,
Bayern e PSG, equipas que foram campeãs nos respectivos países, quer por qualquer outro clube europeu não pertencente à Premier League, com excepção
do Real Madrid e Barcelona
e dos três principais clubes italianos (Juventus, Milan e Inter).
Por outro lado, importa, também, assinalar que o novo contrato que entrou em vigor em Janeiro de 2016 vai permitir aos 20
clubes da primeira liga inglesa encaixarem 6,9 mil milhões de euros pela
transmissão dos jogos durante três épocas. Ou seja, um aumento de 70% em relação
ao valor que, atualmente, recebem, o que tornará não
só os grandes clubes ingleses mais ricos, mas, também, os de menor dimensão ricos, o que
demonstra a importância de os direitos televisivos serem negociados por uma
única entidade, neste caso a Liga inglesa que centraliza o negócio com as
operadoras.
As Ligas portuguesa e espanholas
eram, até agora, as únicas ligas europeias em que a negociação dos direitos
televisivos não estava centralizada. A partir da época de 2016-17 apenas em
Portugal a negociação continuará individualizada, já que a própria Espanha, por
interferência governamental, passará a adoptar o modelo centralizado.
Em Portugal, face aos contratos anunciados pelo Benfica,
Porto e Sporting, apenas se ouviu a voz do Presidente do Gil Vicente que
afirmou: “É
inadmissível que os clubes grandes recebam milhões e os pequenos migalhas. Os
pequenos e médios clubes têm uma grande força no futebol, detém a maioria nas
assembleias gerais da Liga de Clubes e são eles que até podem fazer parar os
campeonatos”.
De nada valeram estas declarações (oportunas, adequadas e assertivas) porque para dissipar quaisquer dúvidas e enterrar, pelo menos, durante os próximos dez anos, a
negociação centralizada, na quarta-feira, 30 de Dezembro, a NOS, operadora
envolvida nos negócios com o Benfica e Sporting, comunicou à Comissão do
Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que tinha chegado a acordo com mais oito
clubes da primeira liga (Académica, Belenenses, Nacional, Arouca,
P. Ferreira, Marítimo, Braga e V. Setúbal) para a assinatura de
contratos de transmissão televisiva dos jogos caseiros.
Curiosamente e contrariamente ao que aconteceu com o Benfica e o Sporting, nem a operadora nem nenhum destes
oito clubes divulgaram os montantes envolvidos nestes acordos.
No que se refere à
Académica os sócios têm o direito de ser informados sobre os montantes e as
condições do acordo que foi celebrado com a NOS. É um assunto demasiadamente importante para o futuro da instituição para ficar confinado aos corredores da
direção.
Ou será que o silencio significa que o acordo
não foi assim tão bom? Ou que a diferença em relação a outros clubes,
nomeadamente o Braga, se acentuou escandalosamente?
O Presidente do Braga já declarou que assinou um contrato por dez anos que, segundo o jornal Record, renderá 100 milhões de euros, isto é 10 milhões por época. Por aí diz-se que o acordo assinado pela Académica se cifra em 3 milhões de euros por época!
A serem verdade estes números a Académica irá receber anualmente, apenas, 30% do valor que será pago ao Braga! Será possível?
O Presidente do Braga já declarou que assinou um contrato por dez anos que, segundo o jornal Record, renderá 100 milhões de euros, isto é 10 milhões por época. Por aí diz-se que o acordo assinado pela Académica se cifra em 3 milhões de euros por época!
A serem verdade estes números a Académica irá receber anualmente, apenas, 30% do valor que será pago ao Braga! Será possível?
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