1 - A
pré-época da Académica arranca na próxima segunda-feira sob o signo do clube
estar impedido, por decisão da Comissão Executiva da Liga, de registar
contratos de trabalho desportivo por falta de apresentação de certidões de não
divida à Autoridade Tributária e à Segurança Social. Aguardemos os próximos episódios.
2 - A
equipa da época anterior foi uma das piores, senão a pior, da última década. Dos
jogadores que saíram um deles, Ricardo Esgaio, foi um dos melhores, senão o
melhor, jogador da Académica da segunda volta. Marcos Paulo, apesar de alguma
irregularidade exibicional, era um elemento que dava consistência ao
meio-campo. Dos que ficaram, Marinho e Makonda vão continuar em recuperação,
provavelmente, até Outubro.
As
quatro contratações já anunciadas serão, em quantidade e qualidade, suficientes
para mudar o paradigma da época anterior? Temos
muitas dúvidas.
Gonçalo
Paciência e Gelson Martins serão emprestados, respectivamente, pelo Porto e
Sporting? Oxalá.
3 - A
actual equipa técnica fez um trabalho notável entre a 22ª e a 27ª jornada da
última época. As últimas sete jornadas deixaram muito a desejar, tanto no plano
dos resultados como no exibicional.
Conseguirá
esta equipa técnica, sem os estímulos emocionais e motivacionais que rodearam a
sua entrada em funções, construir, enquadrar e liderar uma equipa competitiva? Não sabemos.
4 - No
plano organizacional parece que tudo continua na mesma. A figura de um
“team-manager”, indispensável no futebol de alta competição, não existe. E o
Director Desportivo assumirá, de uma vez por todas e em pleno, as suas funções?
Duvidamos.
5 - O Departamento
Médico, que desde o falecimento do saudoso Dr. José Barros parece debater-se
com múltiplos problemas, foi reorganizado e requalificado? Supomos que não
6 - O que
vai acontecer, a curto prazo, à actual Direção, particularmente ao Presidente? Os
sócios aprovaram em 17 de Fevereiro uma moção de censura ao Presidente. Em
resposta José Eduardo Simões disse que iria reflectir sobre o resultado da
votação.
Quatro
meses e meio depois nem o Presidente comunicou que ilações tirou da sua suposta
reflexão nem os proponentes da moção exigiram uma resposta. De um lado e doutro
reina um silêncio ensurdecedor, que se manteve no Conselho Académico e na
Assembleia Geral que se realizaram após o final da época desportiva, isto é
quando a manutenção já estava garantida!
Esta
situação recorda-me as célebres palavras proferidas em Novembro 1975 por um antigo
primeiro-ministro português quando discursava durante uma manifestação e
rebentaram granadas de fumo: “Calma,
tenham calma. O povo é sereno. É só fumaça!”
7- Em conclusão, sem
querermos assumir o papel de “profetas da desgraça” estamos pessimistas e
tememos pelo que possa acontecer, no plano desportivo, na próxima época.
Sem comentários:
Enviar um comentário