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domingo, 5 de julho de 2015

Como vai ser a próxima época?



1 - A pré-época da Académica arranca na próxima segunda-feira sob o signo do clube estar impedido, por decisão da Comissão Executiva da Liga, de registar contratos de trabalho desportivo por falta de apresentação de certidões de não divida à Autoridade Tributária e à Segurança Social. Aguardemos os próximos episódios.
 
2 - A equipa da época anterior foi uma das piores, senão a pior, da última década. Dos jogadores que saíram um deles, Ricardo Esgaio, foi um dos melhores, senão o melhor, jogador da Académica da segunda volta. Marcos Paulo, apesar de alguma irregularidade exibicional, era um elemento que dava consistência ao meio-campo. Dos que ficaram, Marinho e Makonda vão continuar em recuperação, provavelmente, até Outubro.
As quatro contratações já anunciadas serão, em quantidade e qualidade, suficientes para mudar o paradigma da época anterior? Temos muitas dúvidas.
Gonçalo Paciência e Gelson Martins serão emprestados, respectivamente, pelo Porto e Sporting? Oxalá.
 
3 - A actual equipa técnica fez um trabalho notável entre a 22ª e a 27ª jornada da última época. As últimas sete jornadas deixaram muito a desejar, tanto no plano dos resultados como no exibicional.
Conseguirá esta equipa técnica, sem os estímulos emocionais e motivacionais que rodearam a sua entrada em funções, construir, enquadrar e liderar uma equipa competitiva? Não sabemos.
 
4 - No plano organizacional parece que tudo continua na mesma. A figura de um “team-manager”, indispensável no futebol de alta competição, não existe. E o Director Desportivo assumirá, de uma vez por todas e em pleno, as suas funções? Duvidamos.
 
5 - O Departamento Médico, que desde o falecimento do saudoso Dr. José Barros parece debater-se com múltiplos problemas, foi reorganizado e requalificado? Supomos que não
 
6 - O que vai acontecer, a curto prazo, à actual Direção, particularmente ao Presidente? Os sócios aprovaram em 17 de Fevereiro uma moção de censura ao Presidente. Em resposta José Eduardo Simões disse que iria reflectir sobre o resultado da votação.
Quatro meses e meio depois nem o Presidente comunicou que ilações tirou da sua suposta reflexão nem os proponentes da moção exigiram uma resposta. De um lado e doutro reina um silêncio ensurdecedor, que se manteve no Conselho Académico e na Assembleia Geral que se realizaram após o final da época desportiva, isto é quando a manutenção já estava garantida!
Esta situação recorda-me as célebres palavras proferidas em Novembro 1975 por um antigo primeiro-ministro português quando discursava durante uma manifestação e rebentaram granadas de fumo: “Calma, tenham calma. O povo é sereno. É só fumaça!”
 
7- Em conclusão, sem querermos assumir o papel de “profetas da desgraça” estamos pessimistas e tememos pelo que possa acontecer, no plano desportivo, na próxima época.

  

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