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quarta-feira, 27 de maio de 2015

A Académica e a nova época: retocar ou reformular?



A análise dos números das últimas 13 épocas, 2002-03 a 2014-15, comprova a mediocridade do desempenho desportivo da Académica na última temporada.
Se compararmos os resultados obtidos em 2014-15 com os obtidos nas 12 épocas anteriores verifica-se que na última época se registou a pior média de pontos por jogo (0,85), o menor número de vitórias (4), o menor número de vitórias em casa (1), a média mais baixa de golos marcados por jogo (0,77) e a maior diferença entre golos marcados e sofridos (-20)! O pleno (!) só não foi atingido porque em 6 épocas a média de golos sofridos por jogo foi ligeiramente superior à de 2014-15.
É óbvio que Académica não foi despromovida porque Viterbo fez 11 pontos nos primeiros 5 jogos em que orientou a equipa, mas, também, porque três equipas, duas das quais desceram de divisão, conseguiram fazer, ainda, pior.
José Viterbo recuperou uma equipa descrente, desmotivada, desgarrada e apática e transmitiu-lhe a força, o querer e a garra para lutar pela manutenção e conseguiu-o. Foi, indiscutivelmente, o grande obreiro desta conquista.
Alcançada a manutenção e reiteradamente manifestado o reconhecimento que é devido a José Viterbo, impõe-se que analisemos, sem paixões nem facciosismos, os números, os tais que não mentem, obtidos por José Viterbo.
José Viterbo orientou a equipa em 13 jogos, obteve 14 pontos (3 vitórias, 5 empates e 5 derrotas), 14 golos marcados e 19 sofridos. Entre a jornada 22ª e a 26ª alcançou 11 pontos (3 vitórias, 2 empates), média de 2,2 pontos por jogo, 7 golos marcados e 3 sofridos. Entre a 27ª e a 34ª obteve, apenas, 3 pontos (3 empates, 5 derrotas), média de 0,38 pontos por jogo, 7 golos marcados e 16 sofridos.
Como os números mostram o tal “efeito Viterbo”, isto é os aspectos motivacionais desencadeados pela sua liderança, esfumou-se a partir da 27ª jornada. Nada disto surpreende porque a equipa tinha grandes limitações que, naturalmente, não desapareceram com a simples mudança do treinador.
Pelo contrário, o que surpreende e, sobretudo, preocupa, são algumas declarações recentes de José Viterbo. Durante a semana passada Viterbo desdobrou-se em entrevistas (RTP, Diário de Coimbra, As Beiras, Record) e em todas ressalta uma ideia base: “Precisamos de fazer apenas uns retoques (na equipa) ”.
De acordo com o Dicionário de Língua Portuguesa, retocar significa limar, corrigir, aperfeiçoar. Como é possível limar, corrigir ou aperfeiçoar uma das piores, senão a pior, equipas da Académica das últimas 13 épocas? Retocar? Não! Reformular? Sim!
Não queremos uma nova edição da época 2014-15! Não queremos uma nova época de calculadora na mão à espera dos desaires dos outros! Basta de tanto sofrimento! É altura de a Académica se assumir como equipa da 1ª Liga que luta
por outros objectivos que não são, apenas, a manutenção!
 

 

 

 

 
 

 

 

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