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sábado, 21 de março de 2015

Um academista de alma e coração?


 
No final do jogo Braga-Académica o treinador do Braga protagonizou uma série de cenas lamentáveis, incluindo uma tentativa de agressão ao Presidente da Académica, que motivaram a sua expulsão pelo árbitro do desafio.
O futebol é um misto de paixão, emoção e irracionalidade e, por isso, não é de estranhar a frequência com que se cometem excessos, se proferem afirmações descabidas, ou se tenta demonstrar que,afinal, é a Terra que gira em volta da Lua!
No futebol, ser temperamental é normal, ser irracional é desculpável, mas ser arruaceiro é, no mínimo, deplorável! A atitude do treinador do Braga classifica-se de arruaceira!
Por outo lado, aceitar ou aplaudir a tentativa de agressão do treinador do Braga, apenas, porque o visado era o actual Presidente da Académica é, absolutamente, lamentável e só revela que, para alguns, tudo é admissível desde que seja para gáudio do seu ódio ao Presidente da Académica!
Já afirmei neste blogue que o ciclo do Eng.º José Eduardo Simões como Presidente acabou. Por diversas vezes neste mesmo espaço critiquei duramente a actual Direção e, particularmente, o seu Presidente, mas recuso-me a enfileirar com aqueles para quem o “ódio” ao Presidente parece ser muito mais importante do que a própria Académica.
Em contrapartida, as declarações de José Viterbo no final do jogo em Braga, são, mais uma vez, reveladoras da sua integridade e do seu genuíno academismo.
Sérgio Conceição fez um bom trabalho na Académica e não questiono a sua qualidade como treinador. Como homem nunca gostei, nem gosto, de tal personalidade e os recentes acontecimentos só reforçam esta opinião.
Recordo o dia 23 de Abril de 2011 e o jogo Académica-Olhanense correspondente à 27ª jornada da época 2011-12. A Académica estava numa situação dramática, antepenúltimo lugar na classificação a dois pontos do penúltimo e perdeu este desafio por 1-0.
Recupero as imagens da satisfação efusiva exteriorizada no final do jogo, aos olhos de toda a gente, pelo Sérgio Conceição. Naturalmente que um profissional, como é Sérgio Conceição, tem a estrita obrigação de servir a entidade empregadora, neste caso o Olhanense e de ficar satisfeito pela vitória. Nada disto é surpreendente ou criticável. Mas, surpreendente foi a forma como festejou a vitória, sabendo que, a três jornadas do fim do campeonato, esta derrota poderia ter significado a despromoção irremediável da Académica. enquanto o Olhanense estava numa posição tranquila. Para quem se diz um “Academista de alma e coração (?)” é, no mínimo, estranho!
Depois ultrapassados os conflitos com o Presidente que resultaram deste episódio, a somar a outros de menor importância, Sérgio Conceição, substituiu a 9 de Abril de 2013, Pedro Emanuel como treinador da Académica.
Vale a pena, para os mais esquecidos, recordar algumas frases suas proferidas na conferência de imprensa em que foi apresentado com treinador da Académica (9/04/2013):“Embora não seja de Coimbra, como sabem nasci numa aldeia aqui próxima, sinto este clube como meu”. “Estou na minha cadeira de sonho”. Referindo-se, agora, ao Presidente, “tivemos a oportunidade de falar nas questões que nos separavam e agora vamos trabalhar numa base de confiança, estima, consideração e respeito pelo trabalho de cada um”.
Palavras, no mínimo, enternecedoras, tanto para Conceição como para Simões, quando um ano antes se tinham “elogiado” mutuamente na imprensa. Declarações de J.E. Simões (25/04/2012), “ …o problema dele talvez seja do foro psiquiátrico. Em Coimbra para esses casos há o Hospital Sobral Cid”. Resposta de Sérgio Conceição (25/04/2012), “o único caso clinico que conheço é o Presidente da Académica que tem de ser internado”. Eloquente de lado a lado!
Finalmente, ao terminar a época passada Sérgio Conceição andou, durante algum tempo, a jogar “ao gato e ao rato” com a Direção da Académica, acabando por partir para Braga.
Agora, depois de há uma semana ter afirmado que “… não tenho cor clubística. A minha camisola por dentro é a cor da pele e se tiver que meter uma é preta, da Académica”, protagonizou uma tentativa de agressão ao Presidente da Académica na sequência do empate ontem verificado.
É demais, para quem, sem qualquer justificação minimamente aceitável, tem o seu nome num dos estádios desta cidade, quando tantas personalidades de vulto e respeitáveis do futebol coimbrão o teriam, indiscutivelmente, merecido!  

 

 

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